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Idoso de 72 anos é atacado por sagui em Santa Maria do Cambucá; SES-PE monitora paciente

Publicada em 31/01/25 às 07:04h - 43 visualizações

por Rádio Maranata FM


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 (Foto: Divulgação )
A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) acompanha um caso de interação entre um sagui e um idoso de 72 anos, em Santa Maria do Cambucá, no Agreste, cidade que registrou uma morte por raiva humana em janeiro deste ano.

O mais recente ataque aconteceu nessa quarta-feira (29), nas proximidades de um bar localizado na entrada do município, e foi gravado por frequentadores da localidade.
Nas imagens, o animal ataca o idoso na região do rosto e também na perna. O homem foi ferido por arranhões na testa e na parte da barba, e mordido na perna.

Segundo a SES-PE, após o ocorrido, a vítima recebeu assistência médica e iniciou as medidas de profilaxia antirrábica humana, com utilização de vacina e soro.
"A Diretoria de Vigilância Ambiental informa que está acompanhando, por meio da IV Gerência Regional de Saúde (Geres), o caso de interação entre um sagui e um homem na cidade de Santa Maria do Cambucá", afirmou a pasta.A paciente apresentou uma lesão na mão esquerda depois e teve quadro de dormência, que se irradiou para o tórax. Ela também tinha dores e fraqueza, e estava internada desde o dia 31 de dezembro, no Hospital Oswaldo Cruz, no Recife.

Um exame feito pelo Instituto Pasteur confirmou a contaminação por raiva. A mulher estava sendo assistida por uma equipe multiprofissional do hospital na capital pernambucana, que confirmou o óbito.A mulher foi a primeira pessoa acometida pela raiva em Pernambuco em oito anos. A doença pode ser transmitida ao ser humano pela mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal infectado.

O que é a raiva humana?
Doença viral infecciosa que afeta o sistema nervoso central, a raiva humana pode ser fatal. É transmitida por meio da saliva de animais infectados, que penetra na pele ou mucosas de humanos por meio de mordidas, arranhaduras ou lambeduras. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus.

"O vírus é um só. A diferença da contaminação via animal doméstico ou silvestre é que o doméstico tem um risco menor de se contaminar, diferente do silvestre. Animais domésticos geralmente são vacinados e não convivem tanto com outros animais. Quando a transmissão vem de um animal silvestre, é preciso fazer um tratamento completo com vacina e soro. A letalidade é de quase 100%. Só temos um caso no Brasil que não evoluiu a óbito", citou a infectologista Anne Caroline Chidwick. 

Em 2008, Marciano Menezes da Silva, à época aos 16 anos, foi contaminado pela raiva humana após ser mordido por um morcego, em Floresta, no Sertão de Pernambuco. O jovem ficou internado de outubro de 2008 a setembro de 2009, se recuperando após tratamento.Diagnóstico e prevenção
O diagnóstico é feito por meio laboratorial. A forma mais eficaz de se prevenir contra a prevenção é pela vacinação pré ou pós-exposição. Em caso de agressão de animais silvestres, a primeira medida de prevenção é procurar assistência médica para a realização da profilaxia.

"No primeiro contato com o animal, é preciso ir para uma unidade de saúde, seguindo o fluxograma da prevenção. Se for doméstico, o paciente será observado, com avaliação do ferimento e orientação para vacina. No caso dos silvestres, além da vacina, é preciso aplicar o soro, como se fosse um antídoto imediato contra o vírus", explicou a infectologista.



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