O Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF/RJ) se manifestou sobre a "Operação Kairós", ação conjunta da Polícia Civil do Rio (PCERJ) e do Gaeco do Ministério Público do RJ, que desmantelou uma das maiores organizações criminosas envolvidas na fabricação clandestina de anabolizantes no Brasil.
Os produtos eram fabricados sem fiscalização, contendo até substâncias tóxicas, como repelentes de insetos, prejudiciais à saúde humana. O CRF reforçou que "produtos com fins terapêuticos exigem processos rigorosos de produção e controle de qualidade, desde as matérias-primas até o produto final".
Em nota, o Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro, que fiscaliza a atividade farmacêutica no Estado do Rio, manifestou sua "extrema preocupação" em relação a venda de anabolizantes clandestinos no país, com produtos contendo substâncias tóxicas e nocivas à saúde, como repelentes de insetos.
"É alarmante que esses produtos, sem registro nas autoridades de vigilância sanitária, tenham sido comercializados por empresas não autorizadas. O CRF/RJ ressalta que produtos com fins terapêuticos necessitam de rigorosos processos de produção e total controle de qualidade, desde o recebimento das matérias-primas até o produto final. A venda de substâncias sem qualquer garantia de procedência representa um grave risco à saúde da população", disse o conselho, em nota.
Além disso, a instituição também fez alertas sobre o uso de anabolizantes sem prescrição de profissionais habilitados e sem o devido acompanhamento terapêutico. De acordo com o CRF, a "comercialização desses produtos fora de estabelecimentos de saúde e sem a responsabilidade técnica de um especialista agrava ainda mais essa situação".
Em nota, o CRF/RJ recomendou que a população sempre "consulte um profissional de saúde habilitado antes de usar qualquer suplemento ou medicamento, e que esses produtos sejam adquiridos apenas em estabelecimentos regulares".