Segundo a Secretaria de Saúde, superfungo não foi a causa da morte. Paciente morreu no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife.
Um idoso diagnosticado com Candida auris morreu no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, no Grande Recife. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), apesar de ter o superfungo no corpo, ele não morreu por causa disso.
O paciente tinha 63 anos, que estava internado desde o dia 12 de maio, e teve diagnóstico do superfungo no dia 29 de maio. Ele deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HMA com problemas ortopédicos, e estava isolado desde a notificação do caso.
A SES informou que ele morreu "em virtude das comorbidades associadas à internação", mas, apesar de questionada, não respondeu qual foi a causa do óbito.
Ao todo, 163 pessoas tiveram contato com os primeiros casos positivos de Candida Auris no estado. Pernambuco tem nove casos confirmados. Três pessoas tiveram alta, uma morreu e outras cinco seguem isoladas em hospitais.
Confira, abaixo, a lista de casos por data do diagnóstico:
11 de maio: Homem de 48 anos, internado no Hospital Miguel Arraes;
14 de maio: Idoso de 77 anos, internado no Hospital Tricentenário;
23 de maio: Idoso de 65 anos, que foi internado no Hospital Português (já recebeu alta);
29 de maio: Idoso de 63 anos, internado no Hospital Miguel Arraes (morreu);
31 de maio: Idosa de 70 anos, internada no Hospital Miguel Arraes (já recebeu alta);
31 de maio: Homem de 51 anos, internado no Hospital do Tricentenário;
1º de junho: Idoso de 69 anos, internado no Hospital do Tricentenário;
5 de junho: Homem de 54 anos, internado no Hospital do Tricentenário;
5 de junho: Homem de 50 anos, internado no Hospital do Tricentenário (já recebeu alta).
Todos os pacientes deste ano estão "colonizados" e têm o fungo no corpo, mas não foram infectados. Nesta fase, não há sintomas. Os diagnósticos aconteceram por meio da realização de exames em pessoas que tiveram contato com algum caso positivo.
O que é Candida auris?
O Candida auris é um fungo identificado pela primeira vez no Japão, em 2009. Desde então, se espalhou por todos os continentes. No Brasil, chegou em 2020. Ele é caracterizado pela comunidade cientifica como um fungo mais resistente a medicamentos do que os outros.
Geralmente, não há manifestação clínica da presença do superfungo no paciente que está "colonizado" (que tem o fungo no corpo, mas não foi "infectado"). Nesta fase, não há sintomas.
Mas um machucado, uma ferida na pele ou o uso de catéter no hospital pode permitir que ele entre no corpo, atinja a corrente sanguínea e provoque uma infecção.
Em casos graves, pode prejudicar órgãos como o coração e o cérebro. Em último caso, podem levar à sepse, uma infecção generalizada capaz de matar.
Como se prevenir?
As formas de prevenção são as seguintes:
🧼 Higiene das mãos;
🧤 Uso adequado de materiais de proteção;
🧽 Limpeza do local onde estão os pacientes infectados.