O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) livrou nesta quinta-feira, 23, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), da cassação. O placar final foi de 4 x 3 pela absolvição de Castro, que foi acusado de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022.
Na última sexta-feira, 17, o relator do julgamento, desembargador Peterson Barroso Simão, votou pela cassação do governador. Segundo o magistrado, Castro, o vice-governador do Rio, Thiago Pampolha (União-RJ) e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União) utilizaram uma "folha de pagamento secreta", com 27 mil cargos temporários, na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e mais 18 mil nomes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) para desequilibrar os resultados do pleito de 2022.
Peterson foi acompanhado pela desembargadora Daniela Bandeira e pelo presidente do Tribunal, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira.
O primeiro a votar nesta quinta-feira, 23, o desembargador Marcello Granado divergiu do relator e votou contra a cassação de Castro. Ele foi acompanhado pela desembargadora Kátia Valverde Junqueira e pelos desembargadores Fernando Marques de Campos Cabral Filho e Gerardo Carnevale Ney da Silva.
A ação contra Castro ajuizada por Marcelo Freixo (PT), candidato derrotado nas eleições de 2022 e atual presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur). Além de abuso de poder econômico e político, Castro, Pampolha e Bacellar foram acusados por Freixo de suposta utilização indevida dos meios de comunicação social.