Vítima de um tapa no rosto durante a sessão de promulgação da Reforma Tributária no plenário da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira, o deputado Messias Donato (Republicanos-ES) registrou o caso na corregedoria legislativa contra o também deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ).
De acordo com Donato, o registro policial e a realização de um exame de corpo de delito podem lhe dar segurança jurídica quanto ao caso. Em outra frente, o seu partido, o Republicanos, ingressará com uma representação no Conselho de Ética com um pedido de cassação do mandato de Quaquá.
Donato relata uma noite em claro, com direito a crises de choro, e afirma "ter medo" de sofrer novas agressões do colega de parlamento.
— A liderança do Republicanos fará os encaminhamentos necessários para que o Conselho de Ética tome as medidas cabíveis. Mas, em paralelo, recorri à corregedoria da Polícia Legislativa, com exames feitos no Instituto Médico Legal. Preciso me resguardar. Sofri uma agressão e estou abalado emocionalmente. Enquanto isso, Quaquá diz que pode voltar a fazer algo similar. Ele precisa de um exame psicológico. Confesso que depois das declarações dele, tenho medo — afirma.
Donato diz que ainda sofre com crises de choro e insônia, depois do episódio.
— Passei a noite em claro, tive crises de choro, a minha família me viu sendo agredido, sou pai. Se nunca houve cassação por quebra de decoro, este caso deve servir como exemplo no Conselho de Ética. Senão, vamos abrir um precedente para que outros parlamentares ajam desta maneira. O plenário da Câmara não é octógono de MMA — completa.
Como mostra um vídeo compartilhado por bolsonaristas nas redes sociais, Quaquá, que é vice-presidente nacional do PT, usa um termo homofóbico ("viadinho") para ofender Donato e logo depois dá um tapa no rosto do colega.