Acompanhando visita do ministro das Cidades, Jáder Filho, ao Recife, nesta terça (18), o prefeito João Campos (PSB) disse que solicitou ao governo federal parceria para requalificar imóveis do Centro da cidade e que o município cadastrou 2,7 mil unidades habitacionais no programa Minha Casa, Minha Vida, que agora prevê o financiamento para a reforma - o "retrofit" - de prédios públicos ou privados com sinais de degradação.
"A gente tem uma área que tem drenagem, saneamento, equipamento público, transporte e tem prédios e equipamentos que perderam sua função social. Então, o que o Minha Casa, Minha Vida hoje traz um tipo específico para o retrofit, viabilizando a conta do empreendimento, que é um acréscimo -- é mais caro você fazer uma reforma sem saber como está a estrutura do que construir do zero. E o Recife também está discutindo para entrar nessa área e a gente viabilizar parcerias de moradia no Centro da nossa cidade", afirmou João Campos.
Além disso, o prefeito disse que visitou com o ministro as comunidades localizadas às margens do Rio Capibaribe, no bairro do Pina, onde há 384 palafitas.
"A gente visitou o habitacional que vai receber essas famílias, visitou toda a área. E a gente tem um projeto estruturante de urbanização de todas essas áreas. Não adianta só fazer o reassentamento, que é muito importante, mas é preciso que, nessas áreas que hoje estão ocupadas, a gente possa construir projetos com participação social", informou o prefeito.
De acordo com o ministro Jáder Filho, o projeto é uma das parcerias que estão sendo firmadas entre a prefeitura e o governo federal e incluem também a habitação nas encostas dos morros.
"Seja na questão das encostas, seja na questão da urbanização das palafitas, ouvindo os prefeitos e os governadores, para que a gente possa retomar o Pacto Federativo", declarou Jáder Filho.
O ministro das Cidades veio à capital pernambucana para participar de uma edição do evento 'Caravana das Periferias', no Compaz Dom Helder Câmara, na área central da cidade. A iniciativa tem como proposta ouvir demandas de comunidades localizadas em diversos municípios do país.
"É ouvir o que a periferia pensa, seja na área da segurança, da saúde, das comunicações, das artes. E, a partir dessa oitiva, a gente trabalhar, dentro do governo federal, para que, de maneira transversal, a gente possa levar exatamente o que ouviu aqui do que pensa a periferia do Recife e que essas ideias possam virar políticas públicas do governo federal", explicou.