A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), que reúne os maiores países produtores de petróleo do mundo, concordou em estender seus cortes na produção de petróleo até 2025, mas também definiu um cronograma para a redução gradual de algumas dessas restrições ainda este ano.
O acordo feito em Riade, capital da Arábia Saudita, neste domingo excede as expectativas do mercado em alguns aspectos, estendendo os chamados cortes "voluntários" de membros-chave, incluindo Arábia Saudita e Rússia, até o próximo ano. No entanto, também começa a reverter essas reduções de oferta em outubro, mais cedo do que alguns especialistas imaginaram.
Antes da reunião, comerciantes e analistas esperavam que a Opep+ prolongasse suas reduções de oferta para compensar a produção crescente de seus rivais, com alguns prevendo que elas seriam mantidas até o final de 2024. Sob o novo acordo, as oito nações que participam dessas restrições adicionais terão adicionado cerca de 750 mil barris por dia ao mercado em janeiro.
Os preços do petróleo têm estado recentemente em declínio em meio a uma frágil perspectiva econômica na China, o principal consumidor, e dúvidas sobre o ritmo das reduções de juros nas principais economias industrializadas. Os futuros do pretóleo Brent se estabeleceram em US$ 81,62 por barril em 31 de maio, uma queda de 7,1% no mês.
O acordo da Opep+ prolonga cerca de 2 milhões de barris por dia de cortes, que desempenharam um papel fundamental no apoio aos preços do petróleo acima de US $ 80 por barril este ano, mas que deveriam expirar no final de junho. As restrições continuarão na íntegra no terceiro trimestre e serão gradualmente eliminadas nos próximos 12 meses, de acordo com um comunicado do Ministério de Energia da Arábia Saudita.