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Metroviários de Pernambuco decretam paralisação de 24 horas

Publicada em 13/07/23 às 11:28h - 95 visualizações

por FolhaPE


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 (Foto: Alexandre Aroeira)

Os metroviários de Pernambuco decidiram paralisar as atividades a partir das 22h desta quarta-feira (12), em sinalização ao Governo Federal, exigindo melhorias na qualidade do transporte, pagamento do piso salarial e a não privatização do sistema. Esta é a primeira interrupção dos trabalhadores do metrô desde o início do governo Lula e em virtude de uma sucessão de problemas que afetam o modal em Pernambuco.

A decisão foi tomada durante uma assembleia na Estação Recife, no bairro de São José, área central da capital pernambucana. A votação pela paralisação foi unânime. A interrupção temporária dos trabalhos vai até as 22h da quinta-feira (13).

O presidente do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE), Luís Soares, afirmou que a paralisação se dá por conta de uma sequência de três rodadas de negociações dos metroviários com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), fazendo as exigências citadas no começo da reportagem. As conversas já haviam sido encerradas, mas, após assinar o acordo coletivo, a CBTU decidiu reabrir essas negociações. Os trabalhadores não aceitaram a retomada sem a apresentação de um fundamento por parte do órgão.

“A empresa [CBTU] assinou a ata que garantia o piso salarial da categoria, que está defasado em R$ 2.725,00, e a causa de movimentação dos trabalhadores. Isso é importante para garantir a manutenção da categoria. Eles assinaram o documento e depois retrocederam a nossa proposta, que foi conversada pelos trabalhadores e pela empresa”, explicou.

Há possibilidade de greve

Durante o evento, o vice-presidente do Sindmetro-PE, Valmir Assis, afirmou que os governos Federal e Estadual querem promover um sucateamento do metrô. Segundo ele, o recado tem que ser dado para a própria categoria, que precisa lutar, em prol dos direitos, mesmo que essa paralisação precise ser convertida em greve.

“Tem algumas palavras que são batidas e, às vezes, a gente se perde nelas. Isso é um acordo coletivo. Nessa luta, ninguém se salva sozinho. Se a gente decidir paralisar, todo mundo tem que aderir. Decisão individual não salva os nossos empregos, não salva o transporte público, não salva nada. É preciso que a gente saia daqui para paralisar 24 horas, e não é uma parada, apenas, é para a gente abrir uma jornada de lutas”, disse.

Após essa paralisação, o analista de planejamento Emanoel Henrique prevê uma quinta-feira caótica em Pernambuco.

“Hoje, o metrô, apesar de ser uma ferramenta que não funciona tão bem, me traz e me leva de uma forma mais rápida que a do ônibus. Querendo ou não, é até mais seguro. É surreal a forma que a gente sofre, apenas querendo fazer o nosso dia a dia, indo e voltando do trabalho. Eu levo 40 minutos daqui [da Estação Recife] até Cajueiro, de ônibus, passo duas horas para chegar”, destaca.

Caio Lucena é ASO de bloqueio do metrô do Recife. Ele afirma que os profissionais já estavam comemorando uma possível vitória dessas negociações com a CBTU, mas lamenta o retrocesso por parte da companhia.

“É como se tivesse voltado atrás uma coisa que já estava encaminhada, por isso que é interessante a gente dar esse alerta para mostrar que a categoria está unida e que não está se fechando para negociação nenhuma. Estamos à disposição. Que a empresa passe, ao menos, uma minuta dizendo o porquê que devemos abrir uma nova negociação, porque até agora a gente está sem saber”, comenta.




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