Uma operação da Polícia Civil apreendeu 3.510 armas de gel com origem fiscal ilícita e certificação irregular em cinco lojas localizados no Centro do Recife. Ao todo, cinco pessoas foram presas em flagrante. Após virar "febre" nas periferias do Grande Recife, a venda do objeto foi proibida nas cidades de Olinda e Paulista.
As apreensões aconteceram na sexta-feira (13), dentro do âmbito da Operação Coalizão, mas foram divulgadas apenas nesta terça-feira (17). As armas de gel foram encontradas no bairro de São José, onde está uma das principais concentrações do comércio de rua na capital pernambucana. Os nomes e as idades delas não foram divulgadas. Segundo o delegado Hilton Lira, da Delegacia do Consumidor, eles foram liberados após o pagamento de fiança.
"Faltava nota fiscal, faltava o recolhimento dos tributos devidos e também [faltava] regularidade na certificação do Inmetro. Não foi uma apreensão pela proibição da comercialização desse tipo de produto, mas todo e qualquer produto que venha a ser comercializado precisa atender à legislação", comentou o delegado Hilton Lira.
Segundo a Polícia Civil, as armas de gel não são consideradas brinquedos, e a utilização indevida pode resultar na prática de diversos crimes, como perturbação do sossego, lesão corporal, dano ou vandalismo.
De acordo com o Centro Integrado de Operações de Defesa Social, Pernambuco contabilizou 218 acionamentos envolvendo armas de gel desde o início de ddezembro.
Ao menos, 83 pessoas ficaram feridas por causa das brincadeiras com armas em gel em Pernambuco, segundo a Fundação Altino Ventura (FAV), hospital de referência no atendimento oftalmológico no estado. Até a quinta-feira (11), eram 68 vítimas atendidas no local.
As armas de gel utilizam bolinhas de poliacrilato de sódio como munição, inicialmente pequenas e rígidas, que se expandem ao serem hidratadas. Esse material, usado também em fraldas e jardinagem, torna-se perigoso nas armas