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Lula espera \"convivência civilizada\" com Trump após vitória em eleição

Publicada em 07/11/24 às 09:14h - 21 visualizações

por Mayara Souto / Correio B


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 (Foto: Evaristo Sa/AFP))
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros de Estado se manifestaram sobre a eleição de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos com diferentes graus de preocupação — do tom protocolar adotado pelo chefe do Executivo à crítica aberta ao republicano. Apesar da expectativa de que a relação pragmática seja mantida entre os dois países, a volta do líder norte-americano deixa apreensivos os aliados de Lula, principalmente pela política econômica do republicano e pelo fortalecimento do bolsonarismo no cenário nacional. "Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à Presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo, e ela deve ser sempre respeitada", disse Lula. "O mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade. Desejo sorte e sucesso ao novo governo."

Em entrevista aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF) — que estrearam um quadro na Rede TV —, Lula afirmou esperar uma relação de civilidade com o norte-americano. "Eu não conheço pessoalmente o Trump, conheço o Trump de ouvir dizer, ler matéria, ver na televisão, mas eu espero que a convivência seja civilizada, (assim como) que já tive com o Bush, que era do Partido Republicano", ressaltou. "Espero que ele tenha a preocupação de trabalhar para que o mundo tenha paz", acrescentou.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, seguiu a linha de Lula: tom protocolar e em defesa do diálogo entre os dois países. "Parabenizo a vitória eleitoral de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos da América, com votos de que seja um período de promoção da paz, do desenvolvimento econômico e social e de ainda maior ampliação da parceria entre Brasil e EUA", destacou, em nota. Os demais palacianos não comentaram, mas replicaram em suas redes o pronunciamento de Lula.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, foi claro ao demonstrar preocupação com os efeitos de Trump na economia global e possíveis repercussões no Brasil. Ele citou as medidas protecionistas que o republicano anunciou durante a campanha, como taxar em 10% todos os bens importados para reduzir a carga tributária interna, mas lembrou que é preciso aguardar para ver se o plano econômico será realmente colocado em prática quando ele assumir a Casa Branca ou se ficará no campo das promessas eleitorais.




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