Em entrevista aos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF) — que estrearam um quadro na Rede TV —, Lula afirmou esperar uma relação de civilidade com o norte-americano. "Eu não conheço pessoalmente o Trump, conheço o Trump de ouvir dizer, ler matéria, ver na televisão, mas eu espero que a convivência seja civilizada, (assim como) que já tive com o Bush, que era do Partido Republicano", ressaltou. "Espero que ele tenha a preocupação de trabalhar para que o mundo tenha paz", acrescentou.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, seguiu a linha de Lula: tom protocolar e em defesa do diálogo entre os dois países. "Parabenizo a vitória eleitoral de Donald Trump como 47º presidente dos Estados Unidos da América, com votos de que seja um período de promoção da paz, do desenvolvimento econômico e social e de ainda maior ampliação da parceria entre Brasil e EUA", destacou, em nota. Os demais palacianos não comentaram, mas replicaram em suas redes o pronunciamento de Lula.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, por sua vez, foi claro ao demonstrar preocupação com os efeitos de Trump na economia global e possíveis repercussões no Brasil. Ele citou as medidas protecionistas que o republicano anunciou durante a campanha, como taxar em 10% todos os bens importados para reduzir a carga tributária interna, mas lembrou que é preciso aguardar para ver se o plano econômico será realmente colocado em prática quando ele assumir a Casa Branca ou se ficará no campo das promessas eleitorais.