Segundo ela, as pequenas ficaram muito felizes ao homenagear os quatro trabalhadores que alegram as noites na rua da família. A festinha foi feita na noite da quarta-feira (15), de surpresa para os trabalhadores.
"É tão engraçado, porque eu não moro com elas, eu moro só. Uma vez, quando eu fui na casa delas, a gente estava lá brincando e elas disseram ‘vovó, o carro do lixo’, e foram para a porta olhar. Achei aquilo tão bonitinho", contou.
Além do bolo decorado com bonequinhos uniformizados de gari e caminhões, a família também deu panetones e salgados para os trabalhadores.
Avó coruja, Valéria disse que as meninas são muito comunicativas e que é só verem os garis para quererem conversar com eles.
"A gente leva elas para falarem com eles e eles sempre tratam com muito carinho. Aquilo toca meu coração, porque apesar do trabalho difícil, eles estão ali, de sorriso aberto", declarou Valéria.
A avó contou, ainda, que mesmo quando o caminhão demora a passar, as meninas não pregam o olho enquanto não encontram os amigos trabalhadores.
"Às vezes eles vêm só perto de meia-noite. E tu achas que elas dormem? Ficam acordadas brincando, quase pregando o olho, mas não querem dormir até eles passarem", disse.
Segundo ela, as meninas são um xodó na família e passaram, ainda recém-nascidas, por um processo difícil de recuperação, após terem nascido prematuras, com 28 semanas de gestação.
"Elas passaram mais de quatro meses no hospital, a gente só podendo visitar. Foi uma agonia em incubadora, cuidados médicos, mas deu tudo certo com a graça de Deus", afirmou.
As pequenas fazem aniversário em 17 de abril e, segundo Valéria, a vontade atual é de fazer uma festa maior, com o mesmo tema. "Fico muito feliz que elas estejam crescendo assim, olhando com carinho para as pessoas. É um orgulho mesmo que me dá", afirmou.
fonte: g1